quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dentista cobra consulta??

Quando pacientes ligam pela primeira vez para as clinicas e consultórios odontológicos, esta é a pergunta que mais vezes eles fazem. Vocês cobram pela primeira consulta?

Isto se deve, porque muitos dentistas e clínicas populares disfarçadas de clínicas chiques, visando atrair pacientes novos, não estão cobrando pela primeira consulta. Mas será que isto está certo? Não, não esta. Os motivos são bem fáceis de entender. Primeiro, o Código de Ética Odontológica diz que as consultas devem ser cobradas, e por uma razão muito simples, se uma consulta não é cobrada, na realidade está sendo oferecido um serviço gratuito, que é uma forma de concorrência desleal.

A razão mais importante ainda, é que talvez até por desconhecimento, muitos pacientes acreditam que a primeira consulta é apenas uma conversa, portanto não havendo custo, não existe razão para pagar por este serviço.

Primeiramente, é importante esclarecer que mesmo que esta consulta fosse assim, como é feita por algumas especialidades de médicos clínicos, eles também cobram pelos seus serviços, até porque para conversar, diagnosticar e analisar é necessário muitos anos de estudo. Portanto, este profissionais cobram pelo seu conhecimento e pelo tempo. O mesmo acontece com os cirurgiões-dentistas, passam vários anos na faculdade, Pós –Graduações, Mestrados e Doutorados, além de dezenas de congressos de atualizações, portanto nada mais justo e correto do que cobrar por isto.

Outro aspecto importante, é que a mais simples consulta odontológica envolve uma série de custos. Existe todo o custo de um consultório ou de uma clinica, diversos funcionários, auxiliares, técnicos, pessoal de limpeza, etc.... A grande maioria dos consultórios/clinicas tem, ou deveria ter, todo seu material esterelizado. E vários produtos são descartáveis como luvas, mascaras , gorros, etc...
Se na próxima vez que ligar pela primeira vez a um dentista, e ele disser que não cobra pela consulta, isto deveria lhe preocupar, por que ou ele não valoriza o trabalho que faz, ou não esta utilizando o material adequado para este atendimento, de qualquer maneira, desconfie.....

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A primeira consulta no dentista

Pode parecer estranho em um primeiro momento, mas atualmente recomenda-se que a primeira visita ao dentista seja feita ainda no primeiro ano de vida, pois é nesta fase que normalmente nascem os dentinhos e com eles muitas dúvidas quanto aos seus cuidados.
É nesta fase também que se estabelecem os hábitos de higiene oral, amamentação, alimentação e muitas vezes de sucção de chupetas e dedo que, se em desequilíbrio, poderão levar ao aparecimento de cáries, problemas gengivais e mal-oclusões (mal encaixe entre os dentes e possível desarmonia de língua e lábios).
Além disso, temos uma grande incidência de quedas envolvendo a região bucal, quando a criança começa a dar os primeiros passos, embora sem muita coordenação. E estes acidentes merecem cuidado, devido às seqüelas que se poderá ter nos próprios dentes de leite e nos permanentes (que já se encontram em formação).
Saiba que da saúde dos dentes de leite dependerá a boa formação dos dentes permanentes, a saúde geral da criança (participam da mastigação e deglutição) e o seu o convívio social (influenciam na fala correta e determinam o "sorriso").
A primeira consulta ao dentista reserva muitas boas surpresas e novidades que normalmente encantam os pequenos pacientes. Após perguntas sobre a saúde geral da criança, faz-se uma detalhada conversa com os responsáveis, para que se conheça o pequeno paciente.
É feita então a apresentação do meio odontológico da forma mais acolhedora possível, visando estimular a curiosidade da criança, sempre com explicações coerentes à sua faixa etária.
O próximo passo é o exame da criança, apenas uma inspeção visual onde registra-se a situação atual de desenvolvimento dos dentinhos e procura-se qualquer anormalidade em dentes e gengivas e nas funções relacionadas à face, como sucção, respiração, deglutição, mastigação, fala, etc.
Para a limpeza ("Profilaxia"), poderá ser colocado um corante, chamado "evidenciador de placa bacteriana", que colore apenas as placas bacterianas, para que os pais possam visualizar se a limpeza feita em casa está sendo efetiva, e para que se possa orientá-los a contornar as dificuldades. A limpeza dos dentinhos poderá ser feita com a escovinha giratória e o fio dental, e também poderá ser feita a aplicação de flúor (especial para cada idade). Em alguns pacientes, a limpeza poderá ser realizada em outra sessão.
Numa consulta de rotina, nenhum procedimento "dói", e os pais devem estar conscientes disto para saber como se posicionar frente aos eventuais "chorinhos", típicos nas crianças de pouca idade. Com o amadurecimento da criança e a repetição destes passos, ela se acostuma e acaba se formando um vínculo afetivo e de confiança, que diferencia esta geração das anteriores, por terem o dentista como um amigo.
Quanto antes a criança iniciar este contato, mais facilmente irá incorporar hábitos saudáveis em seu dia-a-dia, prevenindo a instalação dos males bucais. O acompanhamento profissional é importante para que a dentição se desenvolva de forma saudável, já que o diagnóstico precoce de qualquer anomalia poderá favorecer o tratamento.
Se possível, não deixe que a primeira consulta se dê em um momento de dor e emergência. É comum os pais "deixarem para depois" a primeira visita ao dentista, que é quando a criança constrói suas primeiras impressões, e serem pegos de surpresa com imprevistos como quedas batendo os dentes, por exemplo. Antes da primeira consulta apenas avise que a criança irá conhecer um amigo que ajudará a cuidar de seus dentes. Deixe o resto por conta do profissional, que certamente saberá lidar com a curiosidade e os medos (se houverem) da criança.

domingo, 19 de setembro de 2010

Imbra atrasa salários e fecha as portas!!!!

Unidades em São Paulo da empresa de implantes dentários, vendida pelo GP este ano por US$ 1, estavam sem funcionar desde sábado.
SÃO PAULO - Nesta semana, os clientes de São Paulo que compareceram a clínicas da empresa de implantes dentários Imbra encontraram as portas fechadas e bilhetes evasivos: na Lapa, a alegação era de problemas de energia elétrica; em Santana, o prédio passaria por manutenção. Mas essas e outras unidades da Imbra não abriram por outro motivo: o atraso nos salários dos funcionários, que decidiram não trabalhar sem pagamento.
Apesar dos problemas, a central de atendimento da companhia agendava novos procedimentos para a semana que vem. O grupo Arbeit, que controla a empresa de implantes dentários, não respondeu aos pedidos de entrevista feitos pelo Estado. Mas enviou nota dizendo que os atrasos nos pagamentos seriam acertados e prometendo a reabertura das unidades - algumas fechadas desde sábado - para hoje.
Entretanto, nas clínicas, funcionários afirmaram que a reabertura poderia ocorrer somente amanhã. Empregados da Imbra dizem que a empresa vem prometendo diariamente a solução dos atrasos desde sexta-feira. "Recebemos o último pagamento no dia 6 de agosto", afirmou uma funcionária.
A greve não declarada que fechou unidades paulistanas da Imbra - segundo apurou o Estado, somente a do Shopping Aricanduva funcionou normalmente - é mais um capítulo de uma história conturbada (veja ao lado). Nascida com a proposta de popularizar o tratamento odontológico, a companhia tem seus métodos de venda questionados pelo Procon e pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO).
No fim de 2008, o órgão de defesa do consumidor emitiu alerta recomendando cautela na contratação dos serviços da Imbra. Já a entidade de classe a repreendeu publicamente - com publicação de nomes no Diário Oficial da União - e aplicou multas a dentistas que trabalham para a empresa de implantes.
Segundo Ideval Serrano, presidente da Comissão de Ética do CRO-SP, os dentistas que trabalham na Imbra e em outras empresas semelhantes ferem o código da profissão por mercantilizarem o tratamento odontológico. "O código de ética proíbe a divulgação de forma de pagamento e de vantagens econômicas", explica. "A Imbra usava o serviço de telemarketing para oferecer gratuidade na consulta."
Reclamações. Entre os clientes da empresa, existem reclamações de tratamentos já pagos e não efetuados. O taxista Marcellus Alexandre Rodrigues compareceu ontem à unidade Imbra da Lapa e encontrou as portas fechadas. Ele pagou em 36 vezes de R$ 172 um plano para a esposa fazer três implantes dentários. Já terminou de pagar, mas nem metade dos serviços prometidos no contrato foi realizada.
O taxista afirma que o tratamento foi contratado na sede do Pacaembu. Segundo ele, a empresa alegou que a unidade seria fechada para reforma, há cerca de um ano, e transferiu o caso para a Lapa. Rodrigues diz que fica nervoso quando comparece às consultas, pois tem receio de que valores extras sejam cobrado. "Levamos nosso plano e mostramos o contrato toda a vez que comparecemos a uma consulta, porque eles dizem que não têm as informações guardadas", conta. "Fui atraído pela facilidade de pagamento e acreditei na propaganda do serviço deles."
Os clientes mais antigos afirmam que a qualidade do atendimento da Imbra piorou ao longo do tempo. Isso fica evidente nos números do Procon sobre a empresa. Entre 2007 e 2008, o número de queixas no órgão contra a empresa passou de 5 para mais de 100. Em 2009, foram mais de 150 reclamações.
"O atendimento foi piorando: tiraram o estacionamento grátis e o café, e os dentistas mudam a toda hora", afirma a professora Irany Bereczki, que compareceu à unidade fechada da Lapa na terça-feira, após buscar atendimento telefônico sem sucesso. Ela afirma que o tratamento iniciado há um ano e meio, ao custo de R$ 15 mil, ainda está incompleto: "Falta a colocação de duas próteses de porcelana."
(Fernando Scheller, de O Estado de S.Paulo)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O que é cirurgia ortognática?

A cirurgia ortognática é um tratamento indicado para pessoas que têm deformidades que envolvem os ossos da face e os dentes, visando restabelecer o equilíbrio anatômico da face. Está indicada quando a pessoa já terminou o processo de crescimento e desenvolvimento, e portanto não é possível resolver o caso somente com o aparelho ortodôntico.
As deformidades dos ossos da face podem se originar de distúrbios de crescimento, síndromes e anomalias específicas, traumas na face, ou serem de origem genética. Essas alterações podem estar localizadas num osso, como no prognatismo mandibular (mandíbula grande) ou no retrognatismo mandibular (mandíbula pequena), sendo que muitas vezes é um problema combinado, associando o maxilar superior à mandíbula.
Para realizar a cirurgia ortognática, o paciente deverá realizar uma documentação ortodôntica completa, para que os profissionais (Cirurgião Buco Maxilo Facial e Ortodontista) analisem as correções necessárias através de um tratamento ortodôntico-cirúrgico-ortodôntico. Isto é, inicia-se com a ortodontia preparando os dentes por período que varia de seis meses a um ano (primeira etapa), a partir daí planeja-se a cirurgia ortognática, opera-se o paciente e, logo que se recupere, a ortodontia realizará os últimos ajustes na oclusão.
Antes da cirurgia, o paciente deverá realizar alguns exames complementares. A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar e sob anestesia geral, envolvendo normalmente dois cirurgiões, um instrumentador e uma equipe multidisciplinar. A cirurgia é realizada totalmente por dentro da boca, não deixando cicatriz na face e, dependendo do porte da cirurgia e recuperação da anestesia, a alta hospitalar é dada ao paciente na manhã do dia seguinte.
A correção das deformidades faciais através da cirurgia ortognática traz grandes benefícios aos pacientes operados, com sensível melhora na relação entre os dentes, músculos, ossos, respiração, fonação, posição da língua, articulação temporo-mandibular (ATM), mastigação, digestão e em muitos casos, no relacionamento social. A Cirurgia Ortognática moderna busca um equilíbrio das funções mastigatória, respiratória e da beleza estética.