quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Bruxismo provoca sintomas semelhantes aos de dor de cabeça crônica e enxaqueca

Competições no trabalho, dificuldades financeiras, ansiedade e falta de tempo para os filhos pequenos são queixas comuns entre mulheres que sofrem de bruxismo (apertar e/ou ranger os dentes durante o sono) e dores de cabeça frequentes. A dor relacionada à articulação têmporomandibular (ATM) costuma repercutir por toda a cabeça, maxilar, pescoço, ouvidos e até mesmo nas costas, limitando atividades como falar, morder e mastigar. Além disso, podem ocorrer estalos próximos aos ouvidos também. Muitas pessoas procuram um Otorrinolaringologista, pensando estarem com dores de ouvido, ou o Neurologista, para tratamento de enxaqueca.
Além de uma avaliação com um cirurgião-dentista capacitado, os pacientes que apresentam estes sintomas necessitam também de um diagnóstico e tratamento de depressão, estresse, ansiedade ou medo. Nos Estados Unidos, o Instituto Nacional de Pesquisa Crâniofacial e Dental revela que 10,8 milhões de pessoas sofrem de dores na articulação têmporomandibular. Muitas das pacientes que desconhecem a doença chegam a acreditar que se trata de dor de cabeça crônica ou enxaqueca.
Em geral as mulheres somatizam mais os problemas do dia a dia do que os homens, concentrando muita energia na região da cabeça. Durante momentos mais críticos de estresse, a pessoa pressiona tanto as arcadas dentárias que é como se passasse 24 horas por dia trabalhando o músculo da perna. Em pouco tempo, a dor passa a ser quase contínua.
Alguns fatores locais também contribuem para acentuar a dor, como alterações respiratórias, roer unhas ou mascar chicletes. É importante que um profissional preparado identifique as causas do distúrbio, orientando sobre pequenas mudanças que contribuirão para atenuar o problema. Pacientes com disfunção têmporomandibular devem fazer uso noturno de uma placa interoclusal (placa de bruxismo rígida), que restringe o movimento de apertar ou ranger os dentes durante o sono. Além disso, é fundamental que seja feito um acompanhamento clínico constante. Em alguns casos, pode ser necessário também um tratamento ortodôntico, para melhorar o posicionamento dentário.