segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O que é hipersensibilidade dentinária?

A hipersensibilidade dentinária acontece quando a raiz do dente fica exposta. Vários fatores podem causar a exposição da raiz, tais como: contatos prematuros entre dentes superiores e inferiores; muita força durante a escovação; ingestão excessiva de alimentos ácidos; bruxismo. Uma vez que a raiz é exposta, a camada protetora pode ser facilmente removida, resultando em túbulos dentinários abertos. A dor é causada pelo movimento de fluido do interior destes túbulos que chegam até as terminações nervosas do dente. Calor, frio, ar e pressão podem causar essa rápida movimentação de fluido nos túbulos, gerando a sensação de dor.

Ignorar os dentes sensíveis, além de lhe privar de um simples sorvete, pode levar a outros problemas bucais. A dor causada pela hipersensibilidade dentinária pode fazer com que você não escove seus dentes adequadamente, aumentando o risco de cárie dentária e doenças gengivais.

Como saber se tenho hipersensibilidade dentinária?
Se você sentir uma dor aguda e de curta duração após a ingestão de alimentos e bebidas quentes ou frias, seus dentes podem estar sensíveis. Mas você não é o único a sentir isso. Este é um problema que afeta um em cada quatro adultos, às vezes de forma não permanente.
Como tratar a hipersensibilidade dentinária?
Em primeiro lugar, visite seu dentista para o correto diagnóstico de seu problema bucal. Pergunte a ele quais os produtos mais adequados para a prevenção e tratamento da hipersensibilidade dentinária, além de orientação quanto a correta técnica de escovação, uma vez que a força excessiva na escovação pode ocasionar a recessão gengival, deixando a raiz exposta.


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Piercing oral: vale a pena?

O que é um piercing oral?

É qualquer tipo de piercing colocado na língua, nos lábios ou nas bochechas. Nos anos mais recentes, os piercings na região da boca têm se tornado uma forma de expressão individual. Como o piercing na orelha, os brincos e anéis de metal colocados na boca são de diferentes estilos e compreendem peças como pinos, tarraxas e argolas. Mas o piercing colocado na língua, lábios ou bochechas envolvem riscos maiores do que os colocados na orelha. Antes de perfurar qualquer parte, dentro ou fora da boca, converse com seu dentista.



Quais os riscos deste tipo de piercing?

É possível que você desconheça os efeitos colaterais que um piercing oral oferece. Estes efeitos são:
- Infecção – A boca contém milhões de bactérias que podem causar infeções depois de um piercing oral. Tocar as partes de metal depois de colocados na boca também torna maior o risco de se contrair uma infecção.
- Sangramento prolongado – Caso um vaso sangüíneo seja perfurado pela agulha durante o procedimento de colocação, pode haver um sangramento difícil de ser controlado com perda excessiva de sangue.
- Dor e inchaço – São sintomas comuns de piercing na boca. Em casos mais sérios, se a língua inchar demais, poderá fechar a passagem de ar e dificultar a respiração.
- Dentes danificados – O contato com a jóia pode danificar o dente. Dentes com restaurações - por exemplo, coroas ou jaquetas - também podem ser danificados pelas peças de metal.
- Ferimento na gengiva – As peças de metal não só podem ferir o tecido da gengiva que é sensível, mas também podem causar retração gengival. A retração gengival tem aparência desagradável e torna seus dentes mais sensíveis e vulneráveis a cáries e à periodontite.
- Interferência com a função normal da boca – As jóias aumentam a produção de saliva, impedindo que você pronuncie corretamente as palavras e também dificultam a mastigação.
- Doenças transmissíveis pelo sangue – O piercing da boca foi identificado pelo Instituto Nacional de Saúde como uma possível forma de transmissão da hepatite B, C, D e G.
- Endocardite – O piercing oral pode causar endocardite, que é a inflamação das válvulas e dos tecidos cardíacos. A ferida causada pela perfuração dá às bactérias da boca a oportunidade de entrar na corrente sangüínea, podendo chegar ao coração.

Quanto tempo dura um piercing?

Se você não contrair nenhuma infeção e seus piercings orais não interferirem com as funções normais da boca, podem ser usados de forma permanente. Mas, não deixe de ir ao dentista se sentir qualquer tipo de dor ou algum outro problema. Por causa dos riscos envolvidos mesmo depois que a ferida da perfuração desaparece (como é o caso de engolir peças soltas ou danificar os dentes), a melhor coisa é não fazer piercing oral.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Fumo está relacionado a sérios problemas periodontais

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, no Brasil cerca de 30% da população adulta é fumante. Além disso, estima-se que ocorram a cada ano 125 mil mortes no país por doenças associadas ao fumo.
O tabagismo é a principal causa de muitas doenças pulmonares  e de tumores na língua, garganta, lábios, laringe, além de doenças cardiovasculares.
A nicotina é considerada pela OMS uma droga psicoativa que causa dependência e age no Sistema Nervoso Central como a cocaína.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a nicotina aumenta a liberação de catecolaminas, causando vasoconstrição, aumento da frequência cardíaca, hipertensão arterial e maior adesividade plaquetária. A nicotina também está relacionada à perda óssea alveolar (ao redor dos dentes), formação de bolsas periodontais (infecção na gengiva), levando à perda de elementos dentais.
O fumo ainda proporciona o agravamento das inflamações gengivais, o surgimento do câncer bucal , manchamento dentário, xerostomia (diminuição da saliva) e halitose (mau hálito).
O câncer de boca ocupa uma posição de destaque entre os tumores malignos do organismo, devido à sua alta incidência e mortalidade. A associação de bebidas alcoólicas e tabagismo é uma das maiores causas de câncer bucal.
A participação do Cirurgião-Dentista no diagnóstico precoce da doença é fundamental. A maioria das doenças cancerizáveis são assintomáticas, e na maioria das vezes passam despercebidas. Sendo assim, qualquer lesão de boca que não regrida em 15 dias deverá ser biopsiada, para verificar quais células estão presentes.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Melhorando seu sorriso

Que fatores influem na cor dos meus dentes?
Algumas pessoas nascem com dentes mais amarelados que outras. Outras têm dentes que se tornam amarelados com o tempo. A cor natural de seus dentes também pode ser afetada por diversos fatores.

As manchas na superfície (chamadas pelos dentistas de manchas extrínsecas) e descoloração podem ser causadas por:
-Tabaco (tanto fumado como mastigado);
-Ingestão de café, chá, ou vinho tinto;
-Ingestão de alimentos altamente pigmentados como cerejas e amoras;
-Acúmulo de depósitos de tártaro, resultantes da placa que endureceu.

As manchas internas (chamadas pelos dentistas de manchas intrínsecas)  são causadas por:
-Tratamento com o antibiótico tetraciclina durante o período de formação dos dentes;
-Aparência amarelada ou acinzentada dos dentes, como parte do processo de envelhecimento;
-Trauma nos dentes que podem resultar na morte do nervo do dente, conferindo-lhe a cor marrom, cinza ou preta;
-Ingestão demasiada de flúor durante a formação dos dentes (desde o nascimento até os 16 anos), o que dá ao dente uma aparência manchada.

Quais as formas de se clarear os dentes?
Limpezas abrangentes realizadas por um dentista removerão a maior parte das manchas externas causadas pelos alimentos ou tabaco. A utilização de cremes dentais branqueadores também pode auxiliar a remover estas manchas superficiais nos intervalos das visitas ao dentista.
Se as manchas estiverem presentes durante anos, você pode necessitar de um clareamento realizado por um profissional, a fim de remover estas manchas externas mais insistentes.
Manchas internas podem ser clareadas, cobertas por facetas coladas ou totalmente recobertas (com uma coroa). Sendo cada um destes métodos seguros e eficazes, seu dentista irá recomendar qual o tratamento apropriado para você, dependendo do estado de seus dentes e dos resultados que deseja alcançar. Seu dentista levará em consideração os seguintes fatores:
-O grau e tipo de mancha;
-Quanto da estrutura dentária permanece (o dente está muito restaurado? Mudanças no formato dos dentes são necessárias ou desejadas?).

Como funciona o clareamento dos dentes?
O clareamento pode ser feito tanto em um consultório dentário ou em casa, utilizando um sistema fornecido pelo seu dentista. Ambos os métodos utilizam um gel branqueador que oxidam a mancha. Durante o processo de clareamento, é normal que os dentes se tornem ligeiramente sensíveis.
Clareamento caseiro:  Seu dentista faz um molde de seus dentes e prepara uma placa sob medida (moldeira), que você preenche com o gel branqueador e utiliza durante duas horas diariamente, por cerca de duas semanas. Muitos kits de clareamento prescritos por dentistas atualmente contém uma solução de 10 a 15% de peróxido de carbamida. Quando feito sob a supervisão de seu dentista, o clareamento em casa é bastante eficaz.
Clareamento no consultório: mais frequentemente realizado atualmente, este procedimento demora de 30 minutos a uma hora por visita, e ma maioria dos casos são feitas 3 sessões. A fim de proteger sua boca, uma substância em gel é aplicada em suas gengivas e um protetor de borracha é colocado em volta do colo dos dentes. Um agente oxidante (a solução branqueadora) é então aplicada em seus dentes. Algumas vezes uma luz especial é utilizada para ajudar a ativar o agente clareador.

Como funciona a aplicação de facetas?
Facetas coladas são feitas com um composto de resina ou porcelana para cobrir a superfície dos dentes manchados, e dar uma aparência homogênea aos dentes quebrados e de formato irregular.
Existem duas técnicas básicas de revestimento:

-Facetas de resina composta
Primeiramente, a parte frontal do dente é ligeiramente desgastada para evitar que o “novo” dente fique muito saliente. Sulcos microscópicos são feitos na superfície do dente por meio de um ácido suave. O composto de resina da mesma cor dos dentes vizinhos é aplicado e esculpido na forma, endurecido com uma luz polimerizadora e finalmente alisado e polido.

-Coroa e Facetas de porcelana
Uma coroa de porcelana é feita na mesma cor e formato de seu dente. A coroa de  porcelana é geralmente mais resistente que a de resina. Para se colocar uma coroa ou faceta de porcelana, o dentista primeiramente faz um molde do dente e o envia ao laboratório de prótese para fabricar a prótese, geralmente após já ter desgastado a parte frontal do dente. Em qualquer um dos métodos utilizados, o dente é preparado para o revestimento, tornando sua superfície frontal levemente áspera através de um suave ataque ácido. A faceta pode então ser colada ao seu dente através de um cimento apropriado.
Embora mais caro, o revestimento de porcelana oferece uma cor mais próxima à dos dentes vizinhos e dura em geral de cinco a dez anos.

Meus dentes recém clareados podem manchar?
Qualquer dente pode manchar, inclusive aqueles que sofreram os processos mencionados acima. A fim de prevenir o aparecimento de manchas, evite o cigarro, café, chá, vinho tinto e alimentos altamente coloridos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Chiclete: mitos e verdades

A ideia de que chiclete é mania de criança está mais do que superada. Os adultos são tão fãs da goma de mascar quanto os pequenos. Fato é que a indústria alimentícia tem se dedicado a criar produtos cada vez mais cheios de requisitos que se encaixem nas demandas da gente grande, como chiclete sem açúcar e chiclete que promete clarear os dentes, mas sem deixar de lado as versões coloridas, recheadas e de formatos mais variados para a garotada. O chiclete sempre foi considerado o vilão da boca por provocar cáries e visto como guloseima que atrapalha a dieta. Mas será que ele não traz nenhum benefício para o regime e para a saúde bucal? A nutricionista do MinhaVida, Roberta Stella, e o dentista Sidnei Leonard Goldmann ajudam a esclarecer os mitos e verdades relacionados ao hábito.
Todo tipo de chiclete provoca cárie ?
Mito. O açúcar presente no chiclete é o grande causador da cárie. Por isso, as versões diet e light podem ficar de fora dessa lista. Porém, alguns corantes e conservantes da composição das gomas podem ser feitos à base de amido e carboidrato, que vão se transformar em açúcar e também são nocivos aos dentes. "Opte por versões sem açúcar e incolores, que são as mais seguras", diz Goldmann. Outro ponto é que alguns chicletes, dependendo da sua composição, podem deixar o pH da boca muito ácido e provocar cáries.
O chiclete pode ser benéfico para a higiene bucal
Verdade. A mecânica de mascar e o atrito da goma com os dentes provocam uma limpeza superficial dos dentes. Quanto mais espessa ela for, melhor será o resultado. "Mas o chiclete não substitui a escova e o fio dental e nem tem o poder de remover a placa bacteriana ou prevenir a formação dela", explica o dentista.
O chiclete alivia o mau hálito
Verdade. Com a limpeza superficial que a goma proporciona, o hálito é favorecido já que há a renovação das células da boca. Mas é uma ação momentânea. E não serve para todo mundo. Quem sofre com problemas bucais, como periodontite, cáries ou uma restauração danificada, pode ficar com o mau cheiro acentuado com o uso do chiclete. Aliás, esse é o indício de que há um problema bucal.
Chiclete ajuda a clarear os dentes
Mito. Mesmo as versões que prometem esse benefício contêm concentrações muito baixas de peróxido (substância clareadora) para proporcionar algum clareamento. Além disso, ela não pode ser usada em altas concentrações na goma por ser um produto tóxico. "O peróxido pode queimar a gengiva. Por isso, só um dentista deve manipular a substância, evitando os riscos", explica Goldmann.
A goma de mascar é indicada para certos tratamentos bucais
Verdade. Em alguns casos, o chiclete é recomendado com ação de fisioterapia. Quando há inflamação dos músculos ou abertura limitada da boca (trismo muscular), o uso da goma é benéfico para minimizar o inchaço, fortalecer a musculatura bucal e recuperar os movimentos da mandíbula.
Fonte: Site UOL - Ciência e Saúde