segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Controle de contaminação nos consultórios odontológicos

Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento, tecnologia e prestação de serviço visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados, ou seja, representa uma série de medidas criadas para evitar contaminações no consultório odontológico.
Hepatite B, herpes, caxumba, rubéola, mononucleose e gripe são algumas das doenças que podem ser contraídas durante uma simples ida ao dentista, caso algumas regras não sejam respeitadas.
A transmissão aérea, por meio de goticulas e aerossóis expelidos durante a tosse, espirro, fala e procedimentos que atingem a pele e a mucosa, é uma das principais formas de contágio. A contaminação pode ocorrer ainda por inalação ou ingestão, superfícies de instrumentos e mobiliários podem ficar contaminados, ampliando o risco.
Hoje é obrigatório que o profissional utilize os equipamentos de proteção individual (EPI), que incluem: avental, máscara, gorro, luvas e óculos de proteção. Os equipamentos do consultório também devem receber uma barreira que impeça a transmissão de microorganismos entre pacientes ou para os profissionais. Esta barreira pode ser saquinhos plásticos ou filme de PVC, nos locais que não podem ser esterilizados.
A explicação é simples: o dentista, com a luva, trata um canal, toca em sangue e saliva. Depois, ajusta o refletor para iluminar melhor. O sangue e a saliva ficam ali. O paciente vai embora e a cena se repete com outra pessoa, que pode ter contato indireto com vírus do anterior. Isso se chama infecção cruzada -de paciente para paciente. Há também a contaminação mais óbvia, que é entre o paciente e o profissional.
Há alguns anos, essas recomendações já existiam, mas foi com o surgimento da Aids que começou a ser dada atenção ao assunto. As faculdades foram aos poucos abrindo espaço para isso e, agora, é a população que toma consciência.
Vai um alerta aos pacientes: observe se o chão do consultório está limpo, se o profissional está adequadamente paramentado, se existem as barreiras (saquinhos e filme PVC) no sugador, seringa de água/ar, motorzinhos, refletor; se os isntrumentais estão limpos e esterilizados. Caso haja irregularidades, o paciente pode fazer uma denúncia à Vigilância Sanitária. Todo consultório passa por inspeções: a inicial, de alteração (se houver mudanças), de rotina e em caso de denúncia.
Alguns profissionais mais antigos não adotam todas as medidas por falta de hábito, outros não conhecem, e há quem alegue falta de dinheiro. Porém, essas medidas são fáceis e têm um custo muito baixo no total do custo odontológico.
Seja um fiscal do seu dentista!!