A palavra "bruxismo", que provém do grego "brugmós", pode ser definida como um hábito parafuncional, isto é, não relacionado às funções normais, e que consiste em movimentos involuntários, ritmados e espasmódicos, de ranger ou apertar os dentes.
Segundo estudos epidemiológicos, entre 80 e 90% da população apresenta sinais e sintomas do bruxismo, porém apenas 5 a 20% tem consciência do hábito.
Os sinais e sintomas mais comuns são: dores na região das ATMs; fraturas de dentes; músculos da face hipertrofiados; redução da capacidade de abertura da boca; presença de facetas de desgaste nod dentes; dores de cabeça frequentes.
O bruxismo se divide em duas entidades distintas: bruxismo diurno e bruxismo do sono.
O bruxismo diurno tem alta prevalência na população, sendo o "apertamento dos dentes" a característica mais frequente. Parece estar associado a distúrbios psicossociais e tensão emocional.
O bruxismo do sono apresenta o rangimento dos dentes como característica mais comum. Os indivíduos normalmente apresentam qualidade de sono normal. Porém, muitos apresentam fraturas de dentes e restaurações, devido às cargas de apertamento chegarem a quase 500kg/p, ou seja, 20 vezes maior que a força normal de mastigação.
Em relação ao tratamento do bruxismo, não existe um tratamento único capaz de interromper o bruxismo. Recomenda-se tratamento comportamental, odontológico e farmacológico se necessário. O tratamento odontológico consiste em placas de relaxamento muscular, que previnem danos nas estruturas orofaciais e alívio das dores de cabeça.
