Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 47 milhões de brasileiros sofrem com rinite alérgica. As causas principais estão relacionadas a fatores ambientais, tais como ácaros, poeira e pelos, e os sintomais mais comuns são obstrução nasal, coriza, espirros e coceira no nariz.
A rinite alérgica provoca alterações no padrão respiratório, levando a pessoa a respirar de maneira errada, o que infliencia também na mastigação e deglutição.
De acordo com dados obtidos por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, quase 83% das crianças com rinite alérgica respiram pela boca. Esse padrão respiratório leva a uma postura com lábios abertos e língua rebaixada, causando flacidez da musculatura dos lábios, língua e bochechas, o que resulta em problemas funcionais.
Um outro dado encontrado na pesquisa foi que estas alterações funcionais não tendem a regredir com o passar dos anos, e na verdade tendem a piorar. Nos adultos foram encontradas outras alterações, relacionadas a dores e estalidos na ATM.
A respiração oral deve ser diagnosticada e tratada o mais cedo possível, pois prejudica o crescimento e desenvolvimento dos ossos da face e arcada dentária. A obstrução nasal crônica faz com que a criança comece a respirar pela boca, o que não estimula corretamente os seios maxilares e as fossas nasais.
Cabe ao cirurgião dentista diagnosticar alterações no desenvolvimento e crescimento crânio-facial da criança e encaminhá-la para um tratamento multidisciplinar com Otorrinolaringologista, Fonoaudiólogo e demais profissionais que forem necessários.
